Após 2 milhões nas ruas, governo propõe medidas anticorrupção

Unknown | 05:34 | 0 comentários



Mais de 2 milhões de pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar (PM), participaram de protestos neste domingo contra a administração da presidente Dilma Rousseff e pelo combate à corrupção. As manifestações acontecem em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal.

 Ao todo, manifestantes foram às ruas em 147 cidades. Jornais e sites estrangeiros noticiaram as manifestações, que também aconteceram fora do país: em Nova York, cerca de 100 pessoas estiveram na Union Square e em Paris, 20 pessoas se encontraram na praça da Reine Astrid, a poucos metros da embaixada brasileira.

 Pouco antes das 19h, os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) foram designados pela presidente Dilma Rousseff a darem uma entrevista coletiva para fazer uma avaliação das manifestações e anunciaram um pacote anticorrupção "em breve". Durante pronunciamento de ministro, moradores de várias cidades brasileiras fizeram panelaços.

O verde e amarelo deu o tom dos protestos, com manifestantes vestindo camisetas da seleção e carregando a bandeira brasileira. Por todo o país, se viu faixas pedindo o fim da corrupção, o impeachment da presidente Dilma e até mesmo a intervenção das Forças Armadas, mas de maneira geral o público gritava palavras de ordem contra a situação política e econômica do país. Em vários momentos eles cantaram o Hino Nacional.

Apenas em São Paulo, um milhão de manifestantes fecharam a Avenida Paulista, segundo números da Polícia Militar às 15h05m. Foi o maior do país. Muitos manifestantes seguraram bandeiras, vuvuzelas, cartazes e faixas de repúdio à corrupção com as palavras "Basta", "Vem pra Rua", "Fora Dilma", "Vamos dar um basta nisso". Alguns usavam nariz de palhaço. O ato seguiu pacífico, reunindo jovens, idosos e famílias com crianças. Uma manifestante chegou a fazer topless e chamou atenção no meio da multidão. A PM informou que ao menos 24 pessoas foram detidas durante o protesto na cidade.

No Rio, cerca de 25 mil pessoas, segundo a PM, e 100 mil, de acordo com os organizadores, tomaram a Praia de Copacabana, na Zona Sul, para protestar contra o governo, nesta manhã. Cerca de 800 policiais militares fizeram o policiamento da orla do bairro. Os integrantes do protesto levavam cartazes em apoio ao juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Lava-Jato.

O trânsito foi totalmente impedido na Avenida Atlântica. Algumas agências bancárias colocaram tapumes por precaução, alguns comerciantes também fecharam suas lojas. Em Niterói, um grupo de 300 manifestantes também participou de uma passeata na Praia de Icaraí. No interior do estado, a cidade de Volta Redonda também foi palco de um protesto.
O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), que participou do ato no Rio, foi impedido de subir em um carro de som. O político havia sido convidado por um dos líderes do movimento a falar no microfone, mas foi vaiado pelos manifestantes.

— Eu disse que não queria falar, mas eles insistiram. Não posso ser unanimidade — afirmou o deputado, que apesar da vaia, foi tietado e fez selfies com manifestantes.
Durante o protesto, um homem de 56 anos, morador de Copacabana, afirmou ter sido agredido com socos por manifestantes. Sergio Moura, que é fiscal da Fazenda, passeava com seu cachorro quando disse aos participantes do ato que fossem fazer protesto em Miami. Moura, que é filiado ao PSOL, só conseguiu sair do local após ser escoltado pela Polícia Militar.

— Na verdade, o que estão tentando fazer é criar condições para um golpe militar. Não estão defendendo a democracia coisa nenhuma— disse Moura.
Um petroleiro também precisou de escolta para sair do ato, após ser hostilizado por defender a Petrobras e o Governo Federal.

PorRadar58/AiltonPinturas.

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