Agentes Penitenciários entram em greve por tempo indeterminado em Teixeira de Freitas
Os agentes penitenciários de toda a Bahia decidiram em Assembleia no último sábado (10/5) paralisar as atividades.
De acordo com o Sinspeb-BA (Sindicato dos Penitenciários da Bahia), a greve é por tempo indeterminado e tem como objetivo a reivindicação de melhorias no sistema, com mais infraestrutura, áreas de segurança, alojamento e área administrativa, bem como a realização de concursos públicos para agentes penitenciários, pois, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), é recomendável que a proporção seja de cinco detentos para um agente. Entretanto, em alguns presídios, apenas um agente penitenciário é responsável por até mesmo 300 presos, colocando em risco a vida dos servidores.
Ainda de acordo com o sindicato, a greve será mantida até que o Estado regularize as reivindicações dos itens principais da pauta.
O Conjunto Penal de Teixeira de Freitas (CPTF) quando de sua inauguração, em 2001, possuía capacidade para abrigar 268 internos. Em 2008, passou por uma ampliação, com a construção de um minipresídio, e passou a ter 316 vagas. Porém, a unidade, hoje, conta com mais de 700 internos, dos quais, 297 estão em situação provisória.
Apesar de comportar um número elevado de internas – aproximadamente 182 mulheres –, a unidade não possui condições para abrigá-las, o que tem ocasionado alguns problemas quanto ao cárcere feminino.
Cada detento da unidade prisional de Teixeira de Freitas custa em torno de R$ 1.600 por mês ao Estado. Este valor é referente a todo aparato de segurança, alimentação, salários de funcionários, entre outras despesas.
A unidade conta com 11 funcionários administrativos, 56 agentes penitenciários masculinos, 9 agentes penitenciários femininos e 14 profissionais da área de saúde (médico, enfermeiro, odontólogo, psicólogo, assistente social, auxiliar de enfermagem e assistente de consultório dentário.). Quadro ainda longe do necessário para a demanda de presos.
Por: Ailton Pinturas/trembalanews
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